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No ano seguinte em 2012, lançou seu
segundo EP Tratamento de Choque [Desconstruindo a Imagem Ideal] desta vez, mais
amadurecido e com letras escritas por Dani o projeto baseava-se no conceito de Desconstrução
de Ideais Perfeitos e do Choque.
Em entrevista exclusiva ao “Blog
Cultura Alternativa” a cantora fala sobre as suas inspirações, as dificuldades
de ser um artista independente na cidade do Recife e como as mídias digitais
podem contribuir para a divulgação de seu trabalho.
· Quem são as suas inspirações musicais?
Bem, eu me inspiro muito com o cotidiano,
eu sou uma pessoa muito observadora e busco sempre valorizar as coisas que
geralmente são consideradas descartáveis, sem muita relevância e que passam
despercebidas pela maioria das pessoas.
· Qual o seu objetivo com o seu trabalho?
Primeiramente, eu amo música e não
consigo me imaginar fazendo outra coisa que não faça parte desse mundo, então,
o objetivo principal do meu trabalho é me realizar como ser humano e artista
que sou e também de poder através das minhas músicas tocarem as pessoas de
alguma forma, de levar uma mensagem boa pra elas, fazer que elas possam
refletir sobre questões interessantes e é claro de também poder servir como
exemplo de incentivo para outras pessoas que estão na batalha assim como eu.
· Qual o momento marcante em sua carreira?
Eu fiquei muito satisfeita com a
repercussão do lançamento do meu segundo EP o Tratamento de Choque
[Desconstruindo a Imagem Ideal]. Foi um momento feliz da minha carreira.
Eu pude ver meu trabalho sendo divulgado em variados veículos de comunicação de
diversos estados que eu nem se quer coloquei os pés e isso é muito legal.
Também o retorno do público foi bem interessante, as pessoas curtindo minhas
páginas nas redes sociais, me seguindo, deixando mensagens, querendo comprar o
EP, querendo conhecer mais sobre o meu trabalho. Foi muito bom.
· Você iniciou com a banda “Efeito Carmesim” quando
sentiu necessidade de seguir carreira solo?
Depois que a Efeito Carmesim acabou eu
não parei, eu continuei fazendo voz e violão em barzinho, Back vocal em bandas
de amigos, cantando em festas de conhecidos, enfim... Não consigo me
desvencilhar da música até que com incentivo de pessoas muito queridas e
próximas e que já sabiam que eu cantava e que eu escrevia músicas, me convenceram
de uma vez a assumir um trabalho solo e autoral, então, como eu não consigo
fugir mesmo e nem quero desse meu destino, comecei a dar forma a esse trabalho
em 2010 e dei o pontapé inicial em 2011 com o lançamento do meu primeiro EP,
Devaneios, e aqui estou até hoje rumo ao lançamento do meu primeiro CD mesmo.
·
Quem lhe apoia nessa trajetória
musical?
Eu sou sortuda e sempre consigo ter a
minha volta pessoas que me incentivam e me ajudam ativamente a sempre
continuar, então, eu conto com o apoio da família, dos amigos, do meu noivo,
André, que é meu parceiro de vida e de música e até de pessoas que não conheço,
mas que gostam do meu trabalho e que querem de alguma forma ajudar e eu acho
isso bem bacana.
· Quais são seus planos para 2015?
Ainda em 2014 pretendo lançar meu novo CD
virtualmente em novembro pra que as pessoas conheçam o meu novo trabalho e em
dezembro vou fazer um show do lançamento físico dele e em 2015 vou continuar
trabalhando em cima do novo CD, pretendo lançar clipes, vídeos de ensaios,
fazer shows em outras cidades, pelo interior e ir colhendo os frutos que ele me
render. Quem sabe até começar a gravar já um próximo trabalho também.
· O seu primeiro álbum “Devaneios” teve inspiração em
seus sonhos, o segundo “Tratamento de Choque [Desconstruindo a imagem ideal]”
teve inspiração no sentimento da desconstrução e o terceiro qual inspiração
teve?
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Gosto muito de observar o cotidiano pra
buscar inspiração, mas geralmente o de outras pessoas, nesse novo trabalho eu
fiz diferente, eu me inspirei em mim mesma, é bem autobiográfico e diversas
letras são de situações nas quais já passei e passo ainda e é bem engraçado e
interessante e também faço muita referência ao meu trabalho como artista
independente. É muito difícil ser artista independente aqui em Recife, as
pessoas não sabem lidar com trabalhos novos, parece que elas têm medo de sair
de uma situação estável e de se arriscar apostando em algo novo. Então, eu falo
desse cansaço de ter quase sempre as portas fechadas, projetos negados, de
sempre dar o meu máximo pra fazer algo e não ter um retorno disso e ao mesmo
tempo falo também de que essas coisas são importantes, porém, elas não vão me
impedir, por exemplo, de fazer um clipe bom mesmo que seja gravado de um
celular, não vão me impedir de gravar um CD de qualidade mesmo que seja feito
em home Studio, não vão me impedir de prensar um CD mesmo que não seja em
fábrica, com código de barra e como manda o figurino. A gente tem que aprender
a dar a volta por cima e mostrar que com os recursos que nós temos já fazemos
bem o negócio, imagina se tivéssemos todo um aparato de profissionais,
patrocínio e tudo o mais. Então, a essência desse novo CD é bem essa de superar
os próprios limites, de fazer o possível e o impossível para conseguir o que
deseja, claro que de uma forma digna e honesta.
· Como compositora, já pensou em vender
suas canções?
Lógico que sim, é o meu tesouro, minha
herança, meu patrimônio imaterial (exagerada, não?!). Mas falando sério, tenho
mais de 400 músicas de temas e ritmos diversos, pra que guardar só pra mim, né
mesmo? Fora que deve ser uma honra ver aquele artista que você admira cantando
uma música sua.
Nesse ponto eu ainda estou devagar, tenho
descobrir o canal, os contatos pra chegar aos cantores, mas quem quiser me
passar os bizu, por favor, é só deixar um recadinho pra mim, ok! (Risos)
· Qual papel as redes sociais tem na sua música?
Para que as coisas fluam é necessário um
conjunto de ferramentas que juntas vão dar aquele brilho especial ao artista e
aquele empurrãozinho também, e quando usamos esses recursos nas redes sociais,
eles conseguem uma potencialização muito maior e imediata às vezes. Então, tudo
o que é usado como divulgação como fotos, teasers, clipes, entrevistas, shows,
ensaios e etc. Vale a pena divulgar na internet. Lógico, que com moderação e
com uma seleção na qual valorize o artista. Eu particularmente utilizo muito as
redes sociais e colhi bons frutos de seu uso.
· Qual seu maior sonho?
Bem, eu queria conseguir hoje viver
apenas de música, me sustentar através dela, conseguir pagar bem meus músicos,
queria criar coragem pra largar de vez o meu trabalho chato, entretanto, é esse
trabalho chato que sustenta a minha carreira, enfim... É complicado, mas é um
mal necessário para que eu chegue ao meu objetivo maior.
· Qual a música mais pedida pelo público em seus
shows?
O público gosta muito da música Devaneios
e essa não pode faltar no show.
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· Como está a sua agenda?
Pode ter certeza que mesmo sem estar
fazendo show com frequência, isso não significa que eu não esteja com a agenda
cheia. Pelo contrário, como o meu trabalho é tipo aquele “independente” que
“depende” totalmente de uma corrente solidária, e como sou eu que tenho que
correr atrás das oportunidades e conciliar isso com trabalho e vida pessoal às
coisas às vezes demoram mais um pouco colocar projeto, correr atrás de show,
essas coisas. Mas mês que vem estaremos fazendo o lançamento virtual do meu
novo CD, em dezembro será o lançamento físico dele e pretendemos lançar um novo
clipe também ou agora no final de dezembro ou no início de 2015 para
acontecerem, mas todo dia tem algo na minha agenda pra fazer, por exemplo,
sessão de fotos pra divulgação, finalizar a arte do CD, correr atrás da
prensagem,
Confira o teaser da nova música de
Dani Carmesim "Playboy":
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