RESENHA DO FILME: SOMOS TÃO JOVENS

Confesso que fazia certo tempo que não ia ao cinema assistir uma estreia brasileira. Quando eu vi o trailer de “Somos tão Jovens”, algo me chamou atenção. Penso que ao tratar da história de alguém que não está mais vivo é bastante delicado, porque ao colher informações ficamos a mercê de fontes verdadeiras, e isso mexe com os ânimos das pessoas que são próximas. Por isso, fui conferir de perto, eis a minha opinião.
O filme se passa na cidade de Brasília, no final dos anos 70 e início de 80, cada detalhe te leva para as décadas citadas. Em épocas, onde a ditadura ainda comandava o país, Renato transpassava sua revolta em forma de músicas. A produção conta à trajetória da banda aborto elétrico, em sequência Legião Urbana. A narrativa apresenta os primeiros acordes do Renato Russo e da turma do Rock de Brasília, época onde surgiram os sucessos como: “Ainda é Cedo”, “Geração Coca-Cola”, “Veraneio Vascaína” e muitas outras músicas.
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Quem for ao cinema pensando que vai debulhar-se em lágrimas está enganado como foi em Cazuza, pois os expectadores sofreram com ele e sua doença. Somos tão Jovens difere de obras como: Cazuza, Gonzaga, Dois filhos de Francisco, porque o drama não está em destaque nesse caso, o diretor Antônio Carlos da Fontoura optou por uma forma gostosa de lembrar-se de Renato Russo, desta maneira levou o público a conhecer como surgiram as suas composições,e como se deu a amizade dele com o Herbert Vianna ( Paralamas do Sucesso), Dinho Ouro Preto (Capital Inicial), e entender por que o aborto não vingou e ele seguiu com a legião.
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Thiago Mendonça vive perfeitamente Renato Russo que transpassa o seu lado poético, rebelde e idealista. A obra detalha a amizade de Renato (Thiago Mendonça) com Ana (Laila Zaid). Na história Herbert Vianna (Edu Morais) apareceu de forma superficial, pois no momento em que esteve presente interpretou a voz igualzinha a do Herbert, foi de impressionar. O ator que fez Dinho Ouro-Preto (Ibsen Perucci) podia ter aparência física com igual ao cantor mas no quesito imitação, deixou a desejar
Apesar de claramente ser uma homenagem, a produção ajuda a compreender como surgiu um dos maiores nomes da música do Brasileira. O longa dirigido por Antonio Carlos da Fontoura retratou um Renato acima do bem e do mal, e tratou a sua história com cuidado e pudor focando em mostrar a parte feliz de sua vida.
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Autor - Andreza Nunes

Jornalista / Fotografa ( que acredita na simplicidade e beleza que existe na cultura popular. )

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