RESENHA DO FILME: TRASH - A ESPERANÇA VEM DO LIXO

Divulgação
Como todo filme brasileiro, Trash – A Esperança vem do lixo aborda como não poderia deixar de ser, temáticas sociais, políticas, pobreza, favela, inferioridade e injustiça.

O filme traz uma boa reflexão para pensarmos a que ponto o nosso país chegou. O diretor britânico Stephen Daldrye demonstra ter conhecimento sobre corrupção, expondo o nó em que estamos envolvidos. Policiais, igrejas, políticos todos querem uma parte de seu pão recheado com manteiga e queijo, enquanto os outros têm que se conformar em ter apenas o pão de cada dia e olhe lá.

A responsabilidade de lutar por fazer o correto vai ficar com garotos que trazem à tona a importância de ser criança, mostrando que a frase “crianças são o futuro do país” não é balela. A narrativa conta a seguinte história: Raphael (Rickson Tevez) encontra uma carteira no lixão em que costuma "garimpar" preciosidades diariamente. A partir disso sua vida vira uma loucura. Policiais, políticos e até estrangeiros ficam alucinados atrás dos garotos, que tentam escapar com a ajuda dos amigos Rato (Gabriel Weinstein) e Gardo (Eduardo Luís).

Os meninos que ganham a cena são ótimos atores. Destacaria a melhor atuação para o Rato (Gabriel Weinstein). Quanto aos americanos, Olivia (Rooney Mara) e Padre Juilliard (Martin Sheen) cumprem bem o seu papel.

Essa analogia explica as extremidades que temos em nosso país: de um lado vemos uma pobreza extrema, na qual as pessoas têm que catar lixo para se alimentar, não têm uma condição de vida digna. Do outro, um político que tem uma mansão e que compra tudo o que deseja com o dinheiro dos impostos do povo, Além de usar laranjas (pessoas que fazem o trabalho sujo), quando ele precisa de certas facilidades, ou melhor, aquele jeitinho brasileiro. No meio disso tudo, temos Wagner Moura um bom moço que tenta lutar pelo que é justo, mas, logo sai de cena.

Com direção de Stephen Daldrye roteiro de Richard Curtis, Trash, baseado em um livro de Andy Mulligan, poderia ter sido filmado em qualquer lugar. Mas veio parar no Rio, onde ganhou Wagner Moura e Selton Mello no elenco que comparecem, mas, Selton Melo não tem o jeito de policial corrupto, embora seja um excelente ator que poderiam ter sido invertidos os papéis para Wagner Moura ser o policial e Selton Melo aclama por justiça.


Trash levanta muitas questões, o filme nos faz perceber como é séria essa questão da desigualdade social, além de mostrar um menino que vive no esgoto, conhece todas as malandragens do mundo, mas ainda carrega consigo a inocência de ser criança e sabe o que é certo e o que é errado.



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Autor - Andreza Nunes

Jornalista / Fotografa ( que acredita na simplicidade e beleza que existe na cultura popular. )

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