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| Créditos: Nathalia Verony |
Ah Pernambuco, Rodeado de belas praias, de sonoridades
ricas, e famosas pela cultura popular que fascinam todos que nos visitam. Aqui residem
as cores do afoxé, os tambores do maracatu, as sambadas de coco, o baião, o
cavalo marinho, os passos do frevo. Pernambuco possui uma infinidade de expressões
artísticas tradicionais. Embora tudo seja muito belo, essas culturas assim como
o bambu, vivem para resistir. Sim, meu caro. A palavra oculta por trás da nossa
bela cultura popular chama-se: Resistência!
Resistimos para manter a tradição viva, resistimos para que
os artistas sejam valorizados, resistimos para poder realizar as festas
tradicionais e resistimos/insistimos para mostrar o nosso trabalho.
O mundo se tornou um
lugar onde o dinheiro impera, onde a tradição está a cada dia se deteriorando.
Mas somos filhos e descendentes de negros, de índios e jamais fugimos das
dificuldades impostas, lutamos até o fim.
Em Recife, em Olinda, e no interior temos tantos exemplos
claros da falta de respeito pela cultura popular. A festa da lavadeira a cada
ano é desvalorizada pela prefeitura, a terça negra é realizada com muita resistência
e luta, os maracatus rurais estão sendo perseguidos e são obrigados a acabar
antes da hora.
A verdade é que o povo está a mercê de um estado governando
por pessoas totalmente gananciosas, você diria: Mas foi o povo que colocaram
eles no poder. Pois é, somos obrigados a escolher com os olhos tapados, ou ficamos
vislumbrados e então cometemos esses erros clássicos. E o que resta é a consequências
desse vislumbramento.
Não podemos negar, os artistas que vivem em Pernambuco a
maioria das vezes tem que retirar dinheiro do seu próprio bolso para
conseguirem mostrar o seu trabalho, e assim vamos vivendo nessa eterna luta.
Estamos fazendo uma bela festa, como o carnaval e outros eventos à custa de
artistas que trabalham de graça, ou que só recebem quando a intenção é
mascarada para que eles ano que vem participem novamente.
Os artistas estão cada vez sendo desvalorizados, e a cultura
tradicional está caindo no esquecimento. Seria errôneo de a minha parte falar
isso, afinal temos uma juventude que tem mantido viva as tradições a partir das
influências de uma geração mais antiga. E dessa convivência vamos mantendo a
chama acesa.
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