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Em sua trajetória musical, Marcos já participou da banda Nova Bossa. Porém no final de 2012 iniciou sua carreira solo e lançou seu primeiro projeto. O disco apresenta uma identidade bem regional, que mescla com um ritmo dançante e suave.
O álbum "Eu tô é tu" possui seis faixas que foram divididas em lado A e B, pois as gravações aconteceram devido a fases distintas. Você pode Baixar o cd completo no site do cantor.
Marcos Lemy - "Eu tô é tu"
Lançamento: Agosto, 2013
Origem: São Luís - Maranhão
Mini Entrevista com Marcos Lamy
Blog Cultura Alternativa - Comenta um pouco sobre sua
trajetória na área musical?
Marcos Lamy - Pra
mim a música sempre teve muito a ver com criação, compor, porque na minha
família nunca tivemos o costume de ouvir música diariamente, mas sempre foi
muito presente as pessoas cantarolando e assoviando músicas improvisadas e
parodias. Então desde que eu comecei a tocar o violão do meu pai, lá pros meus
13 anos, sempre tive muito mais interesse em fazer minhas próprias músicas do
que tocar cover. Em 2008, junto com uns amigos da escola, comecei uma banda, e
com essa banda fiz meus primeiros shows e tive umas experiências legais de
construir público e de aprender como funciona algumas coisas nesse universo de
produção cultural. A um tempo atrás a banda acabou e eu comecei a pensar em
como dar continuidade pra minha vida como músico, aí comecei a gravar com Adnon
Soares que gravava a minha banda, e assim que comecei a construir o projeto do
“Eu tô é tu”.
Bca - Quais suas principais
influências musicais?
Marcos - Antes
do começo da banda minhas influencias nas composições eram algumas coisas da
cena rock de São Paulo, e bandas de rock americanas. Mas já no começo da banda
eu tinha muita influência de Los Hermanos e os grandes nomes da música popular
brasileira, tipo Caetano, Gil, Chico, Djavan, Gal ... Mas nesse meu novo
projeto eu tenho ouvido coisas como Tom Zé, Lenine, Novos Baianos. E também
prestado mais atenção no lado mais rítmico da música brasileira, principalmente
nordestina. Mas acho que carrego todas essas fases da minha vida na minha
música, eu tento não descartar o que eu já fiz pra entrar nesse novo momento.
Eu gosto de misturar coisas, além disso, sou muito influenciado por
compositores daqui de São Luís. Principalmente Phill Veras e Hermes Araujo que
fizeram parte da banda Nova Bossa comigo, e até hoje são meus amigos. Acho que
o pessoal daqui tá aos poucos criando uma identidade legal.
Bca - O disco "Eu to é
tu", foi gravados em duas fases distintas, poderia comentar
essas duas fases?
Marcos - Então, como eu já disse, meu
primeiro passo pra criar o “Eu tô é tu” foi começar a gravar umas músicas que
eu já tinha no tempo da banda com o Produtor Adnon Soares. Só que depois de
gravar 3 músicas eu botei elas na internet e não sabia muito o que fazer, a
partir daí, fiquei um tempo parado sem produzir nada. Aí resolvi juntar uma
banda pra tocar essas músicas comigo, e quando eu montei a banda me
identifiquei demais com a galera e a gente compôs algumas coisas juntos, e eu
escrevi outras que a gente arranjou juntos. E nessa nova onda eu resolvi ir pro
estúdio de novo só que dessa vez com banda e com outro produtor Memel Nogueira.
Ai fiquei com mais 3 faixas gravadas e resolvi juntar esses dois lados num
trabalho só.
Bca - Como está o cenário
maranhense, comenta um pouco para que os leitores de outros estados fiquem por dentro.
Marcos - Cara, aqui, até pouco tempo, existia
pouquíssima coisa, quase nada que me enchia os olhos. Mas de uns tempos pra cá
tem surgido uma cena autoral que tem me deixado muito feliz e orgulhoso de
certa forma. A gente aqui ainda tem um problema muito sério de estrutura,
poucos lugares pra tocar, pouca gente que sabe produzir shows e, o mais triste,
as pessoas não tem costume e nem muito interesse em consumir música daqui. Ao
mesmo tempo que isso atrasa muito a evolução do campo de forma geral, a gente
tem algumas coisas bem legais por causa disso, por exemplo, a gente tem a
possibilidade de ver um público que não tinha nenhum interesse, passar a
frequentar e ir atrás de conhecer. Além disso, a galera que tá tentando fazer
alguma coisa acontecer tem ficado muito unida, e isso é legal de ver. Como aqui
o mercado da música praticamente não existe, porque praticamente não rola
dinheiro pros músicos, os músicos não tem essa lógica de mercado de competir
entre si, então todo mundo se ajuda pra tentar fazer shows legais, cds legais e
fazer com que possa existir algo bem feito, e original. A gente já tem alguns
méritos e algumas pessoas que tão fazendo coisas muito boas mesmo, tipo Phill
que tá tendo uma repercussão legal e atraiu uma atenção de uma galera de fora
pro que tá rolando em São Luís. Alê e Luciana do criolina também, além de
trazer essa atenção por ser um projeto que ta dando certo, têm organizado shows
e festivais que dão espaço e incitam a música autoral daqui. O que tá
acontecendo aqui ainda é muito incipiente, mas acho que daqui a uns anos a
gente vai ter um trabalho bem legal, construído. Algumas coisas serão lançadas
muito em breve que acho que já podem mudar um pouco as coisas por aqui, como o
CD novo de Phill, o primeiro CD da PedeGinja, o EP de Tiago Máci, CD da
Souvenir, além de algumas coisas que já tão por ai mais acho que ainda vão dar
frutos, como o EP da Nathália Ferro, e o meu "Eu tô é tu".
Confira o disco Online
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