Bom, este é meu primeiro texto da nova coluna e será crônicas, situações
ou desebafos,etc... Coisas que acontecem comigo, Nathalia Verony. Admito, eu
acho muito estranho me colocar no texto depois de tanto tempo fazendo uso da
tal objetividade. Eu estou meio cansada
de escrever utilizando a objetividade, desde que entrei na faculdade eu escuto
e presencio a objetividade da profissão, eu acho uma coisa não muito produtiva,
por isso que eu admiro tanto o “Jornalismo Gonzo” de Hunter, o cara era um louco,
louco que fazia sentido. Tipo, como vou falar com certeza sobre algo sem ter
sentido na pele, sem ter experimentado a sensação de se entrar numa roda punk
num show de rock, ou melhor, participar ativamente de um protesto, não só ficar observando
e colhendo informações do que acontece.
De onde surgiu a ideia? Sempre surgi de minhas experiências meio
estranhas na área de jornalismo. Porque alternativo? Porque minha vida se
resume em ser alternativa, sem frescura para nada. Ser jornalista tem seu lado
bom, e seu lado ruim. Ganha pouco, às vezes nem ganha, são poucos que dizem um
obrigado ou que trabalho legal você faz. Mas em compensação você conhece as
mais diferentes/loucas. Conhece artista, entra nos shows, mais nada é de graça,
como se pensa ao mesmo tempo em que se tem acesso aos locais, você tem a
responsabilidade de divulgar, ir ao show para fazer cobertura, e essas
coberturas são desgastantes também, eu procuro me divertir, mas nunca esqueço
que é trabalho.
Vamos à situação que me vi, e dela surgiu à ideia da coluna.
Vou dramatizar um pouco, eu passei dois meses esperando o show da cantora
Bárbara Eugênia, vale ressaltar que foi a participação dela no show da banda Dessinée.
Dando continuidade, não fui para o festival em Floresta devido ao fato dela
está em Recife, pois teve o mesmo show em um festival lá em floresta. Então
quando cheguei ao lugar, com alguns segundos de atraso deparei-me com uma
assessora que falou que tinha esgotado os ingressos, então identifiquei, disse
que era cobertura para o blog, ele olhou para minha cara e disse: - Não estou
autorizada. Putzzz, a mulher é assessora, o máximo que devia perguntar era se eu
tinha identificação ou procurado saber mais, mas não, foi curta e grossa. Perdi
o show, perdi a entrevista. No auge de minha indignação, fui acompanhar o
festival internacional de teatro de objetos - FITO, então veio à ideia de
relatar tudo que acontece quando se é uma jornalista alternativa no meio de
tantos veículos importantes, no meio de tantos assessores que desmerecem seu
trabalho por ser um blog. (Não quero generalizar, tem muitos assessores que trabalham
com profissionalismo e que só querem mais divulgação para seu evento, não
importando o veiculo).
Mas na pouca experiência que tenho nessa vida, uma coisa eu
aprendi, o mundo dá muitas voltas depois entrevisto Bárbara Eugênia não vai
faltar oportunidade, espero eu. E então para quem não tinha material nenhum,
criei algo para desabafar ou como diria no Facebook, compartilhar.
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