Filme Bahia de todos os santos |
Em comemoração aos 100 anos do cinema baiano, o cineclube Coliseu, que fica localizado no SESC de casa amarela, apresentará uma semana de exibição de produções Baianas. O evento começa nesta segunda (14) e segue até a sexta (18). As sessões começam sempre ás 19h, com entrada gratuita.
Na programação serão exibidas produções cinematográficas do pioneiro em documentarista Alexandre Robatto Filho, além de passear por sucessos da década de 1960 e 70, na lista filmes underground e do movimento superoitista.
Confira a programação:
Dia 14
“Superoutro” (1989)
Um louco na rua tenta libertar-se da miséria que o assedia e acaba por subverter a própria lei da gravidade. Não indicado para menores de 16 anos.
Dia 15
Meteorango Kid – herói intergalático” (1969), de André Luiz de Oliveira
Antonio Luiz Martins, Sonia Dias, José Wagner, Milton Gaúcho Estudante universitário vaga sem destino pelas ruas de Salvador, durante a viagem, atravessa o labirinto cotidiano da cidade valendo-se de suas fantasias e delírios libertários. Ao lado de filmes como Caveira my Friend e das produções do movimento superoitista, Meteorango Kid – Herói Intergalático é um dos principais representantes do underground baiano. Em diálogo com as tendências artísticas da época – como a Tropicália e a contracultura – o filme revela os impasses da arte e do jovem brasileiro durante os anos de chumbo. Não indicado para menores de 16 anos.
Dia 16
“A Grande Feira” (1961), de Roberto Pires
Geraldo D’El Rey, Luiza Maranhão, Helena Ignez, Antonio Luiz Sampaio Feirantes de Águas dos Meninos, em Salvador, são ameaçados de despejo por uma empresa imobiliária e lutam para não perder o terreno. A partir desse acontecimento, cria-se uma trama enredando diversos personagens – uma prostituta, um ladrão, um marinheiro e uma milionária romântica. Clássico da filmografia baiana, A Grande Feira já prenuncia, por meio de sua construção narrativa peculiar, elementos de linguagem próprios ao cinema moderno, formas que eclodiram logo depois, e radicalmente, com a explosão do Cinema Novo. Não indicado para menores de 12 anos.
Dia 17
“Barravento” (1961), primeiro longa-metragem de Glauber Rocha
Antonio Pitanga, Aldo Teixeira, Luiza Maranhão, Lucy Carvalho Pescadores de Xaréu vivem numa pequena aldeia presos a antigos cultos místics e à mercê do proprietário de uma rede. Vindo da cidade, um antigo morador da vila retorna à sua terra natal e coloca em xeque os valores religiosos e sociais que organizam a vida do lugar. Primeiro longa-metragem dirigido por Glauber Rocha, Barravento é uma das primeiras expressões do chamado Ciclo Baiano de Cinema, momento de grande efevercênia cultural em Salvador, do qual emergiu, entre outros clássicos, os longas A Grande Feira e Tocaia no Asfalto, de Roberto Pires. Reunindo alguns dos principais elementos da poética glauberiana, Barravento é também um prenúncio da exploração do Cinema Novo.Não indicado para menores de 14 anos.
Dia 18
“Bahia de Todos os Santos” (1960), de Trigueirinho Neto
Jurandir Pimentel, Lola Brah, Arassary de Oliveira, Antonio Luís Sampaio
Durante a ditadura do Estado Novo, jovem rejeitado pelos pais sobrevive de pequenos furtos no porto de Salvador e dos favires de uma amante inglesa. Sua vida fica complicada quando envolve-se com um grupo de operários grevistas. Temas polêmicos como religião e política, autoritarismo e greve operária, adultério e racismo perpassam Bahia de Todos os Santos. Por sua estética avessa ao tradicionalismo einante no cinema brasileiro da época, o filme foi saudado por personalidades como Glauber Rocha.Bahia de Todos os Santos terá influência significativa na formação do movimento inemanovista. Prêmio Saci de Melhor Argumento, produtor e atriz para Arassary de Oliveira, em 1961. Não indicado para menores de 14 anos.
Serviços
“100 anos do cinema Baiano”
Cineclube Coliseu, Sesc Casa Amarela (Av. Professor José dos Anjos, 1190, Mangabeira),
Horário 19h.
A entrada é gratuita.
Horário 19h.
A entrada é gratuita.
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