Resenha sobre o Filme L' Apollonide
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Cena do filme / Foto: Divulgação |
O Filme relata a convivência das meninas, os diversos perigos que elas se expõem, o risco de pegar uma doença, gravidez não planejada, elas estão submetidas a todos os tipos de homens e as suas atitudes de violência ou seus desejos íntimos excêntricos.
Entorpecidas por vinho e ópio (o que por sinal era uma droga bastante usada neste século), elas seguem a noite toda neste trabalho cansativo e sem expectativa sobre um futuro.
Quando se tem este tipo de profissão amor é um sentimento fora de questão.
Pois elas recebem constantemente vários homens casados. E que não pode assumir-las publicamente.
A fotografia do filme é bela. O diretor Bertrand Bonello expõe o lado clássico do século 19, com espartilhos, vestidos de festas. A nudez exibida no filme não é apresentada de forma vulgar, mas é percebível um toque naturalidade.
Embora o filme seja produzido na frança, o diretor explorou mais a parte interna dos casarões antigos. Poucas são as cenas que foram gravadas na cidade. Para não dizer que não teve externa, teve uma. Uma cena delas num picnic me lembra o quadro “Almoço na relva”, do pintor Francês Édouard Manet.
Como todo local tem fases, o Bordel L’Apollonide teve seus momentos de auge e em decorrer aos custos altos,a dona do prostíbulo acumulou dividas, o que ocasionou o prematuro fim da casa de tolerância e em conseqüência as meninas foram vendidas para outras casas, ou forçadas a trabalhar nas ruas. Dos bordeis as ruas, uma evolução para os dias de hoje.
O Longa metragem foi lançado no Festival de Cannes, ano passado, concorrendo a Palma de Ouro. Além desse trabalho o diretor Francês Bertrand Bonello, tem no seu currículo os filmes o pornógrafo (2001) e Tirésia (2003).
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