3° PROTESTO CONTRA O AUMENTO DA PASSAGEM

 Ao invés das manifestações anteriores, este se fez de forma bastante pacífica.



De máscaras no Rosto, lenços ou camisas amaradas na cabeça os estudantes voltam ás ruas, com flores nas mãos e coragem para lutar pelos seus direitos. Os look’s em si são um meio de se protegerem contra as bombas de efeito moral, spray de pimenta e balas de borracha que foram usados contra eles pela polícia nos protestos da sexta-feira (20) e terça-feira (24) de Janeiro, o que por sinal acabou em agressão aos manifestantes.


Depois desses dois dias sem ter surtido efeito sobre o aumento da tarifa, os manifestantes se reúnem novamente hoje (25). A concentração foi em frente ao colégio Ginásio Pernambucano. Intenção do percurso seria parar totalmente a Av. Conde da Boa Vista, a Av. Agamenon Magalhães e depois seguir em direção ao Palácio das Princesas. O motivo que levou os estudantes a protestar foi o reajuste de 6,5% da passagem de transporte público do Grande Recife.

A marcha saiu às 14h30min e seguiu pela Av. Conde da Boa vista, desta vez não houve conflito com a polícia, nem chuva para atrapalhar, devido a isto houve um número maior de pessoas que se juntaram a causa, além dos insatisfeitos com o aumento. A idéia dos estudantes era mostrar ao povo que era um protesto pacífico, Sem violência. Mas como sempre tem pessoas não informadas e que sempre acompanham a parte violenta das manifestações. Vi umas lojas fecharam as portas mais cedo, sempre esperando o pior.

Os jovens estão revoltados com o governo de Eduardo Campos, e no caminho gritaram frases curtas e palavrões para expressar esse sentimento. Querem tirar o poder das mãos do governador por não cumprir suas promessas de reeleição.

“Se a passagem aumentar o Recife vai parar” – gritavam os manifestantes e realmente aconteceu, mas não o Recife todo, só o centro. Quando chegaram a Av. Agamenon Magalhães o protesto mostrou respeito aos doentes e fizeram silêncio quando passaram em frente ao Hospital da Restauração. Quando chegou ao Derby, todos se sentaram em cima da faixa de pedestre e permaneceram lá por um tempo, a cada semáforo havia uma parada significativa.

Já cansados mais com muito animo, os estudantes seguiram em direção ao Palácio das Princesas. Quando estavam perto da Rua do hospício, os moradores dos prédios em sinal de aprovação ao protesto soltaram papéis picados o que dá um ar mágico quando se olhava para o céu, ficou mais bonita a passeata.

Quando estava quase anoitecendo os manifestantes chegaram ao Palácio das Princesas.
Gritaram por Eduardo Campos e xingaram seus atos. E nada dele. Então durante 40 minutos a Ponte Princesa Isabel ficou interditada por causa do protesto. Até que uma comissão de 27 pessoas teve permissão de entrar no Palácio e começar uma reunião com os representantes do Governo.

Na reunião, os estudantes apresentam uma pauta com 15 reivindicações entre elas à melhoria do transporte público do Grande Recife, gratuidade para cotistas e estudantes do Prouni, entre outros. O Governo e estudantes voltam a se reunir em fevereiro para discutir as propostas. Além disso, os estudantes vão participar do Conselho Metropolitano de Transportes Urbanos (CMTU), que ocorre no dia 20 de março.

Ás 18hs chega ao fim o protesto organizado pelo movimento dos estudantes, embora um grupo separado ainda insatisfeitos volta e interferem novamente no trânsito,no semáforo da Ponte Duarte Coelho. Com o intuito de realmente parar o Recife até horas indefinidas.

Em seguida seguem para o sinal da Rua sete de setembro na Av. Conde da Boa Vista e ficam sentados no asfalto não deixando nenhum ônibus passar e, além disso, discutindo com a população que já está cansada de um dia de trabalho. Isto um grupo “bem” reduzido já. A polícia chega para tentar entrar num acordo, mas eles insistem e se mantém firmes. “A ordem foi aguardar, tentei conversar com eles, mas estão fedendo a bebida” – Capitão Renan PM/PE. As pessoas estavam a ponto de espancar os resistentes que participaram do protesto. Então num pronunciamento calmo e pacífico o Coronel Antonio PM/PE pede que chegue ao fim e que liberem o trânsito, e responde quando é questionado por uma estudante sobre a conduta dos policiais em relação aos protestos anteriores, diz que a corregedoria repreendeu as atitudes dos envolvidos.




Dois membros da equipe dos estudantes que estavam no local e viram o que se tornou o protesto, tentaram por um fim mas também não conseguiram.
“Sou totalmente contra. Eu não tenho mais cara para defender uma campanha depois disso, depois dessa palhaçada, Anarquistas.” – Afirma Lucas Funé da Silva
Os resistentes seguiram até o Derby com a polícia só os acompanhado. E por fim desistem e vão pra casa.



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Autor - Blog Cultura Alternativa

Jornalista / Fotografa ( que acredita na simplicidade e beleza que existe na cultura popular. )

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